SOTAQUES DO SAMBA
Samba é umbigada - Samba vem de Semba, que significa umbigada em kimbundo.
Semba também pode significar agrado ou galanteio
e vem da cultura negra
Samba é fruto da cultura negra de origem bantu no Brasil
Em cada região do Brasil, Samba deu origem a diferentes variações.
Tem quem as chame Sambas de Umbigada, Batuques de Terreiro.
Nós chamamos de: Sotaques do samba
Clique nas imagens para conhecer os Sotaques do Samba:
Posteriormente, fez trilhas sonoras de filmes e musicou peças de teatro, além de fazer músicas com fins terapêuticos. Em 1970, criou o grupo Baiafro, de início integrado por ele e mais dois percussionistas. Trabalhando com música afro-brasileira, o grupo cresceu e chegou a ter 21 integrantes, contando inclusive com bailarinos.
Em 1972, com o Grupo Baiafro, participou do LP "Salomão - The New Dave Pike Set & Grupo Baiafro in Bahia".
Teve participação, também, nos shows do grupo The Dave Pike Set, de The Mild Maniac Orquestra e do guitarrista alemão Volker Kriegel.
Em 1975, tomou parte do disco "Ogum/Xangô", de Jorge Ben e Gilberto Gil. Ainda nesse ano, participou dos discos "Jóia" e "Qualquer coisa", de Caetano Veloso.
Em 1976, resolveu abandonar o grupo Baiafro e transferir-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano, participou com Gilberto Gil, Gal Costa, Caetano Veloso e Maria Bethânia, do espetáculo "Doces Bárbaros". Ainda em 1976, viajou com Maria Bethânia para Roma, onde participou de show de reabertura do Teatro Sistina.
Em 1977, viajou para a Nigéria em companhia de Gilberto Gil, com quem participou do Festival de Arte e Cultura Negra. No mesmo ano, tomou parte da gravação do LP "Refavela", de Gil, com quem se apresentou em shows como percussionista. Também em 1977, editou pela Phonogram o LP "Candomblé", no qual registrou diversos cantos de música ritual do Grupo Ketu, com destaque para a percussão.
Em 1978, participou com Gilberto Gil do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, posteriormente editado em disco. Participou, ainda, ao lado do tecladista Patrick Moraz, músico com o qual gravou dois discos, do I Festival Internacional de Jazz de São Paulo.
Em 1980, lançou o LP "Djalma Correa", todo de percussão, gravado pela Philips, na série Música Popular Brasileira Contemporânea.
Em 1987, lançou, com Paulo Moura, Zezé Mota e Jorge Degas, o LP "Quarteto Negro".
Em 2002, dedicou-se, em parceria com o Goethe Institut, ao desenvolvimento do projeto "The German All Stars Old Friend", festival de jazz que reúne músicos alemães aos de outros países.
Discografia:
SALOMÃO – The New Dave Pike Set and Grupo Baiafro in Bahia / MPS -1972
BENDENGÓ - Gereba / 1973 - Fontana
JORGE GIL OGUN XANGÔ – Jorge Ben e Gilberto Gil / 1975 - Philips
QUALQUER COISA – Caetano Veloso / 1975 - Philips
JÓIA – Caetano Veloso / 1975 - Philips
SMETAK- Walter Smetak / 1975 – Philips
GIL E JORGE (OGUN XANGÔ) – Gilberto Gil & Jorge Ben /1975 - Polygram
DOCES BÁRBAROS- Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa / 1976 - Philips
OTALIA DE BAHIA - Otalia da Bahia / 1976 - RCA
MEUS CAROS AMIGOS – Chico Buarque / 1976 - Philips
AFRICABRASIL – Jorge Ben / 1976 – Philips
MORTE DE UM POETA – Alcione / 1976 – Philips
OS PASTORES DA NOITE – Otalia da Bahia / 1977 – RCA
*CANDOMBLÉ – Djalma Corrêa / 1977 - Fontana
*BATUCADA No 4 – Djalma Corrêa / 1977 – Philips
REFAVELA- Gilberto Gil / 1977 - Philips
TOQUINHO TOCANDO – Toquinho / 1977 – Philips
BICHO – Caetano Veloso / 1977 – Philips
FILHO DO POVO – Walter Queiroz / 1977 – Philips
O DIA EM QUE A TERRA PAROU – Raul Seixas / 1977 – WEA
MEUS AMIGOS SÃO UM BARATO – Nara Leao / 1977 – Philips
ALHOS COM BUGALHOS – Almôndegas / 1977 – Philips
NORMA, CANTA MULHERES – Norma Benguel / 1977 Elenco
REFESTANÇA – Gilberto Gil / Rita Lee / 1978- Som Livre
VITAL FARIAS – Vital Farias / 1978 – Polydor
ZEZÉ MOTA – Zeze Mota / 1978 – WEA
BARRANQUEIRO – Marku Ribas / 1978 – Philips
CHICO BUARQUE – Chico Buarque / 1978 – Philips
*MPBC – BAIAFRO – Djalma Corrêa / 1978 – Philips
PATRICK MORAZ – Patrick Moraz / 1978- Polydor
GILBERTO GIL AO VIVO EM MONTREAUX – Montreaux’78 / 1978 – Elecktra-WEA
NOVA HISTÓRIA DA MPB – Abril Cultural (serie) / 1979
MEL – Maria Bethânia / 1979 – Philips
NIGHTINGALE – Gilberto Gil / 1979 - WEA
REALCE – Gilberto Gil / 1979 - WEA
A MASSA – Raimundo Sodre / 1980 - Polydor
KLEITON & KLEIDIR – Kleiton E Kleidir / 1980
FALA MOÇO – Alcivando Luz / 1980 - Disco Independente
COISA DE NÊGO – Raimundo Sodre / 1981 – Ariola
QUE QUI TU TEM CANÁRIO - Xangai / 1981 – Estúdio de Invençoes
REVOLTA DOS PALHAÇOS – Francisco Mario / 1982 – Libertas
MARIA – Maria Bethânia / 1988 - BMG Ariola
PASSION – Peter Gabriel / 1989 – Universal
SO – Peter Gabriel / 1989 – Universal
BRASIL – Manhattan Transfer / 1990 – Atlantic
CANTA BRASIL: GREAT BRASILIAN SONGBOOK, #1 – Compilation / 1990 - Polygram
CANTO DO PAGÉ – Maria Bethânia / 1991 – Polygram
SHAKING THE TREE – Peter Gabriel / 1991 - Universal
THE ANTHOLOGY: DOWN IN BIRDLAND – Manhattan Transfer / 1992 – Rhino
SAMBA SOLSTICE – Marcio Montarroyos / 1993 – Black Sun Records
GOSTO DE BRASIL – Nonato Luiz / 1993 - Milestone
BRASIL: A CENTURY OF SONG, VOL:1 – Compilation / 1995 – Blue Jackel
RETRATOS – Francisco Mario / 1995
BARRO OCO - Maria Bragança / 1998 – Disco Independente
SENHORA DEL MUNDO – Collegium Musicum de Minas / 1999 – Disco Independente
A ORIGEM- Collegium Musicum de Minas / 1999 – Disco Independente
AQUILON – Corciolli, Djalma Corrêa, Maria Bragança / 2000 - Azul Records
A MUSICA BRASILEIRA DESTE SECULO POR SEUS AUTORES E INTERPRETES - Djalma Corrêa / 2000 – SESC SP
fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
bio
DJALMA CORREA - Caçula de uma família tradicionalmente musical, seu avô tocava numa orquestra de câmara, seu pai era flautista e suas irmãs tornaram-se pianistas. Aos 12 anos, mudou-se para Belo Horizonte e começou a estudar música de maneira mais sistemática.
Aprendeu bateria com músicos profissionais, que lhe ensinavam as batidas tradicionais.
Formou-se em eletrônica. Participou de diversos grupos musicais na capital mineira. Um dia, uma de suas irmãs, que morava em Salvador, enviou-lhe um programa de um curso de férias sobre música eletrônica, o que o fez mudar-se para a capital baiana. No Seminário de Música de Salvador, estudou composição e percussão.
Depois de estudar alguns meses no Seminário, começou a tocar na Orquestra Sinfônica, o que o obrigou a escolher um instrumento suplementar: o contrabaixo. Obteve do diretor do Seminário uma sala no porão do edifício e lá instalou sua oficina.
Em 1964, participou no Teatro Vila Velha, em Salvador, do espetáculo "Nós por exemplo", do qual tomaram parte Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé, Perna, entre outros, e que se tornaria o início do movimento que mais tarde ficaria conhecido como "Tropicalismo". Nessa época, definiu-se pela percussão, optando por trabalhar ritmos e instrumentos tipicamente brasileiros. Começou a acrescentar novidades à bateria, que iam desde tambores até um penico. Na Bahia, foi o primeiro a usar tímpano na bateria. No show "Nós por exemplo", apresentou a composição "Bossa 2.000 d. c.", baseada na experiência adquirida com música eletrônica para bateria.