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Cacumbi. Sotaques do Samba

Brasil

Fita magnética, Fotografia 35mm

Cacumbi -
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Cacumbi
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Djalma Corrêa visitou o estado de Sergipe no ano de 1974. Nessa ocasião fez registros das tradicionais manifestações populares, presentes nas cidades de Sergipe, Japaratuba e Laranjeiras, como o Cacumbi, a Traieira, a Dança de São Gonçalo, a Zabumba, a Chegança, além de registrar alguns terreiros do Estado.

Tanto em Japaratuba, como em Laranjeiras Djalma fez registros dos grupos de Cacumbi. O cacumbi, assim como a Traiera, é manifestação popular afro-brasileira de homenagem aos Reis Congos e louvor aos santos negros, Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Estes grupos saem em cortejo pelas ruas das cidades no dia 06 de janeiro, encerrando o ciclo natalino. O Cacumbi sai também no dia do natal e em outras comemorações em cidades e povoados da região. Embora não apresente uma dramatização, o cortejo representa a luta entre dois reis, um negro e um índio. E no dia de reis há sempre o momento ritual de coroação do Rei e da Rainha, após a missa, fora da igreja, dando início ao Reinado que tem a duração de um ano.

No Sergipe existe também grupos de Cacumbi nos munícipos de Riachuelo e Lagarto e em outros estados como Santa Catarina, Espírito Santo e Rio de Janeiro a mesma manifestação é encontrada com algumas variações e podem levar o nomes de Quicumbi, Cacumbi, Catumbi e Ticumbi.

Em Japaratuba, Djalma registrou o grupo chefiados por Arquino Vieira Santos, o Mestre Curau. O grupo tinha 20 integrantes, organizados em dois cordões usando vestimentas típicas: camisa estampada, calças brancas e chapéu de palha enfeitados com espelhos. O mestre e o contra-mestre levavam espadas na cintura. Havia ainda o rei e a rainha e seus secretários e secretárias. A parte musical era composta por duas onças (tipo de cuica grande), 2 caixas, 4 pandeiros, vários ganzas e 2 corós. O ritmo forte e marcante!

ACERVO | DJALMA CORREA

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